EM NOME DO FUTURO, RIO DESTRÓI O PASSADO
Com este título, ele dispara
acirradas críticas contra a desapropriação das casas dos moradores do histórico
Morro da Providência, uma das primeiras ocupações do Centro do Rio, a favela
mais antiga da cidade. Diz o jornal, que o plano de revitalização da cidade (o
“Porto Maravilha, Porto Olímpico e Morar Carioca” do prefeito Eduardo Paes) fará com que os moradores das
demais favelas sejam também despejados, tendo suas casas desapropriadas para
promover a especulação imobiliária e os grandes empreendimentos corporativos
para as Olimpíadas.
O RIO ESTÁ SE TORNANDO UM PLAYGROUND PARA OS RICOS
O NY Times mostra que conhece de
perto e vê com apreensão, ao contrário da grande imprensa brasileira que finge
que não vê, o esquema de despejos e remoções da Prefeitura do Rio. Usando o
método “dividir para conquistar”, a Prefeitura tenta convencer os moradores,
através de conversas individuais, a assinar propostas de reassentamento,
impedindo que decidam coletivamente a questão e se defendam contra a
desapropriação de seus imóveis, programa imposto pelo município para os
megaprojetos das Olimpíadas, ressalta o jornal.
Afirma, ainda, que 70% das
favelas do Rio já estão “condenadas” e os moradores, sem qualquer chance contra
o poder de polícia da Prefeitura, e do Estado, terão suas casas demolidas, sem aviso prévio.
O NY Times conhece em detalhe as estratégias e táticas da prefeitura. Diz que
“durante o dia as iniciais da Secretaria Municipal de Habitação (SMH) e um número são
pintados com tinta spray nas paredes das casas. Ao voltar do trabalho, os
moradores descobrem que suas casas serão derrubadas” (Foto de Renan e Otto, abaixo).
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Foto de Renan e Otto |
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