André
de Paula
Já
fui torcedor fanático, porém me conscientizei de que futebol é
diversão, não pode ser “ópio
do povo” nem estar
acima da luta por uma sociedade igualitária.
O América sempre foi um time da resistência, surgido na Gamboa (bairro pobre e operário do Rio de Janeiro). Sua primeira camisa foi da cor preta em homenagem ao anarquismo, ideologia de grande parte do proletariado nascente. Posteriormente, a cor foi mudada para o vermelho do socialismo, dos mártires e do coração. Seus jogadores eram de origem humilde e o clube teve que lutar muito contra os times ricos (Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense).
Fundado em 18 de setembro de 1904, teve o maestro Villa-Lobos entre seus fundadores e nunca ganhou nenhum campeonato roubado.
Quando não havia Mundial de Clubes (1959), realizou 25 jogos na Europa e América, num total de 17 partidas sem perder, com apenas uma derrota, tornando-se "Fita Azul" do futebol brasileiro, sob o comando de seu ex-goleiro Yustrich. O América foi o primeiro clube brasileiro a jogar no exterior, sendo base da Seleção Brasileira de 1956.
Em
1949, venceu a Seleção do Chile por duas vezes. Vencedor de
torneios internacionais, como o de Nova York (1962), dois na
Colômbia, o Torneio Negrão de Lima, no Brasil, e um Torneio
Internacional na Espanha. Vingador do Futebol Brasileiro ao vencer o
Uruguai em 1951, no Estádio Centenário, Campeão dos Campeões em
1982, título nacional, e vencedor da Taça dos Campeões
Interestaduais Rio-São Paulo (1936), título interestadual. Primeiro
Campeão da Guanabara (1960), conquistou a Zona Sul da Taça Brasil
(1961), Campeão do Centenário em 1922, além de outros cinco
títulos cariocas. Ganhou do Botafogo de 11 X 2 em 1929, em repetição
de jogo anterior contestado pelos botafoguenses e os aspirantes do
América já venceram os titulares do Vasco por 5 X 1.
O
mais prejudicado pelas arbitragens e conchavos, excluído do
Campeonato Nacional sem ter sido rebaixado, quando ficou em terceiro lugar num autêntico jogo
de tapetão. Foi “garfado” em vários Campeonatos e Taças.
Sempre foi prejudicado pelo voto plural quando a vontade da maioria dos clubes
cariocas não significava a maioria dos votos. Depois, na
briga de Giulite Coutinho, presidente do América, com o "Caixa
d’Água", éramos roubados para não ofuscar o Americano , time do presidente Eduardo Viana , vulgo "Caixa d'Água". Atualmente, poucas vezes conseguimos jogar em nosso estádio, devido a exigências descabidas, tamanho é o nosso descrédito, enquanto fomos obrigados a jogar, por exemplo, no campo do Nova Cidade, em Nilópolis, que nem arquibancada tem, enquanto que o nosso estádio tem capacidade para treze mil pessoas sentadas. Agora, na Federação continua a roubalheira para que o América não ofusque Bangu e Madureira, times do presidente Rubinho e do vice-presidente Duba, respectivamente. Em 1916 não foi campeão invicto, pois um torcedor
do Andaraí, ausente o juiz, foi escalado como árbitro, deixou de
dar pênaltis a favor do América e anulou gols,
saindo o Andaraí vitorioso por 1 X 0.
É
o clube mais simpático, em virtude de vários acontecimentos
históricos: pôs fim à desavença entre Flamengo e Botafogo,
unificou com o Vasco o Campeonato Carioca, ganhando a Taça Clássico
da Paz, disputada com o clube cruzmaltino que ainda não nos devolveu
a taça conquistada. Certa feita, Belford Duarte, capitão do
América, foi ao juiz para dizer a este que o lance que
beneficiou o América foi ilegal, fazendo com que o juiz
voltasse atrás.
Até
a década de 40, era a maior Torcida do Rio. Em 1957 figurou à
frente de todos os times em popularidade, em concurso promovido pelo
Relógio de marca Longines.
O
Flamengo ficou sete anos sem nos vencer e vencemos dois campeonatos
em cima do Fluminense e um em cima do Botafogo.
É
o clube com mais homônimos, no Brasil existindo 33 Américas, sendo
que o Americano de Campos e o rubro-negro Clube Atlético Paranaense
também nasceram do América (o Atlético é a união do
Internacional preto com o América vermelho).
Tivemos
58 jogadores convocados para a Seleção Brasileira e Osvaldo Melo o
maior jogador brasileiro de sua época, na década de 20, sendo que o
artilheiro do campeonato Taça de Prata, de 1969, na verdade, o
campeonato nacional daquela época, Edu, só não foi convocado para
a seleção brasileira em virtude de ser irmão de Nando, também
jogador, e primo de Cecília Coimbra, do grupo Tortura Nunca Mais,
ambos presos e torturados pela ditadura militar. Edú, foi, inclusive apontado como melhor jogador do ano, ficando na artilharia a frente de Pelé.
É significativa a postura da torcida americana pelas liberdades democráticas, tendo durante a Ditadura Militar criado a "Brigada Rubra" que denunciava o arbítrio e, há um ano atrás, foi criada a torcida "Anarcomunamérica" que denuncia as danosa s reformas da previdência e trabalhista.
Ademais,
possui o hino e camisa reconhecidamente mais bonitos!
André
de Paula é membro da Anistia Internacional e advogado da Frente
Internacionalista dos Sem-Tetos –FIST
Tel:
(21) 99606-7119
5 comentários:
Parabéns meu amigo. O América e eterno.
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