sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O P I N I Ã O - AS INFINITAS GLÓRIAS DO AMÉRICA FOOTBALL CLUB





André de Paula

Já fui torcedor fanático, porém me conscientizei de que futebol é diversão, não pode ser “ópio do povo” nem estar acima da luta por uma sociedade igualitária.

O América sempre foi um time da resistência, surgido na Gamboa (bairro pobre e operário do Rio de Janeiro). Sua primeira camisa foi da cor preta, provavelmente em homenagem ao anarquismo, ideologia de grande parte do proletariado nascente. Posteriormente, a cor foi mudada para o vermelho do socialismo, dos mártires e do coração.  Seus jogadores eram de origem humilde e o clube teve que lutar muito contra os times ricos (Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense), sendo, depois do Bangu, o primeiro time a admitir pessoas negras em suas fileiras.

Fundado em 18 de setembro de 1904, teve o maestro Villa-Lobos entre seus fundadores e nunca ganhou nenhum campeonato roubado.

Quando não havia Mundial de Clubes (1959), realizou 13(treze) jogos na Europa e com mais quatro jogos realizados na América, teve um total de 17 partidas invictas, tornando-se "Fita Azul" do futebol brasileiro, sob o comando de seu ex-goleiro Yustrich. O América foi o primeiro clube brasileiro a jogar no exterior, sendo base da Seleção Brasileira de 1956, tendo empatado com a seleção canarinho em 1982 e vencido a seleção carioca em 1987.

Foram cedidos para a seleção brasileira, até hoje, 58(cinquenta e oito) jogadores.

Em 1949, venceu a Seleção do Chile por duas vezes. Vencedor de torneios internacionais, como o de Nova York (em 1962); dois na Colômbia; o Torneio Negrão de Lima, no Brasil; um Torneio Internacional na Espanha, Torneio Quadrangular de Lima, no Peru, quando venceu o Santos na final. Vencedor de torneios nacionais como o Torneio Costa e Silva, em Vitória do Espírito Santo, e Torneio Luiz Viana Filho, em Salvador da Bahia. É o vingador do futebol brasileiro, pois, em feriado comemorativo em Montevidéu, em 1951, derrotou o Penarol, que contou com oito jogadores que estiveram na conquista do campeonato mundial, em 1950, no Maracanã.  Campeão dos Campeões em 1982, título nacional, e vencedor da Taça dos Campeões Interestaduais Rio-São Paulo (em 1916 e 1936). Primeiro Campeão da Guanabara (1960), conquistou a Zona Sul da Taça Brasil (1961), foi Campeão do Centenário em 1922, além de conquistar outros sete títulos cariocas, perfazendo um total de nove títulos, pois também venceu dois campeonatos cariocas extras, em 1938 e em 1952. Ganhou do Botafogo de 11 X 2 em 1929, em repetição de jogo anterior contestado pelos botafoguenses e os aspirantes do América já venceram os titulares do Vasco por 5 X 1.

O mais prejudicado pelas arbitragens e conchavos, excluído do Campeonato Nacional sem ter sido rebaixado, quando ficou em terceiro lugar num autêntico jogo de tapetão. Foi “garfado” em vários Campeonatos e Taças. Sempre foi prejudicado pelo voto plural quando a vontade da  maioria dos clubes cariocas não significava a maioria dos votos. Depois, na briga de Giulite Coutinho, presidente do América, com o  "Caixa d’Água", éramos roubados para não ofuscar o Americano, time do presidente Eduardo Viana, vulgo "Caixa d'Água". Atualmente, poucas vezes conseguimos jogar em nosso estádio, devido a exigências descabidas, tamanho é o nosso descrédito, enquanto fomos obrigados a jogar, por exemplo, no campo do Nova Cidade, em Nilópolis, que nem arquibancada tem, enquanto que o nosso estádio tem capacidade para treze mil pessoas sentadas. Agora, na Federação continua a roubalheira para que o América não ofusque Bangu e Madureira, times do presidente Rubinho e do vice-presidente Duba, respectivamente. Em 1916 não foi campeão invicto, pois um torcedor do Andaraí, ausente o juiz, foi escalado como árbitro, deixou de dar  pênaltis a favor do América e anulou gols, saindo o Andaraí vitorioso por 1 X 0.

É o clube mais simpático, em virtude de vários acontecimentos históricos: pôs fim à desavença entre Flamengo e Botafogo, unificou com o Vasco o Campeonato Carioca, ganhando a Taça Clássico da Paz, disputada com o clube cruzmaltino que ainda não nos devolveu a taça conquistada. Em 1913, Belford Duarte, capitão do América, foi ao juiz para reconhecer que  tinha cometido um pênalti, fato que não tinha sido observado pelo juiz, fazendo com que o juiz assinalasse a falta máxima contra o América. Belford Duarte jamais foi expulso de campo. Por isso, em sua homenagem, o estádio do Coritiba Futebol Club até pouco tempo levou o seu nome e, também em sua homenagem, é conferido ao jogador que nunca tenha sido expulso de campo o prêmio Belford Duarte.

Até o ano de 1940, era a maior torcida do Brasil.  Em 1957 figurou à frente de todos os times em popularidade, em concurso promovido pelo Relógio de marca Longines. Obteve 92.802(noventa e dois mil, oitocentos e dois) votos contra 52.214(cinquenta e dois mil, duzentos e catorze) votos do Flamengo.

O Flamengo ficou sete anos sem nos vencer e vencemos dois campeonatos em cima do Fluminense e um em cima do Botafogo.

É o clube com mais homônimos no Brasil, existindo quase 40(quarenta) Américas, sendo que o Americano de Campos e o rubro-negro Clube Atlético Paranaense também nasceram do América (o Atlético é a união do Internacional preto com o América vermelho).

Osvaldo Melo foi o maior jogador brasileiro de sua época, na década de 20, sendo que o artilheiro do campeonato Taça de Prata, de 1969, na verdade, o campeonato nacional daquela época, Edu, só não foi convocado para a seleção brasileira em virtude de ser irmão de Nando, também jogador, e primo de Cecília Coimbra, do grupo Tortura Nunca Mais, ambos presos e torturados pela ditadura militar. Edú, foi, inclusive apontado como melhor jogador da América Latina, ficando na artilharia à frente de Pelé.


É significativa a postura da torcida americana pelas liberdades democráticas, tendo durante a Ditadura Militar criado a "Brigada Rubra" que denunciava o arbítrio e, há três anos atrás, foi criada a torcida "Anarcomunamérica" que denuncia as danosas reformas da previdência e trabalhista, além de ter exibido faixas nos jogos, mesmo antes da Lei que confere a livre manifestação nos estádios.

O América foi o criador do futsal e o primeiro a disputar basquete e vôlei.

Ademais, possui o hino e camisa reconhecidamente mais bonitos!


André de Paula é membro da Anistia Internacional,  advogado da Frente Internacionalista dos Sem-Tetos –Fist  e membro da Torcida Anarcomunamérica.

Tel: (21) 99606-7119

8 comentários:

Marcelo Correia loureiro disse...

Parabéns meu amigo. O América e eterno.

Clipping Path disse...


I gotta bookmark this website it seems extremely helpful very useful. Thanks for sharing.

Unknown disse...

Bons tempos do futebol por amor a camisa hoje o Patrocinador fala mais alto...

Unknown disse...

Bons tempos do futebol por amor a camisa hoje o Patrocinador fala mais alto...

Unknown disse...

Bons tempos do futebol por amor a camisa hoje o Patrocinador fala mais alto...

Anônimo disse...

Que merda!

Anônimo disse...

*A CENSURA DEMITE O STF E SUA POLICIA ELEITORAL*

O Su­premo Tri­bu­nal Fede­ral e a sua polí­cia elei­to­ral, o TSE, des­tru­í­ram por com­pleto a hones­ti­dade da elei­ção pre­si­den­cial a ser deci­dida no dia 30 de outu­bro; estão favo­re­cendo, agora de forma aberta, um dos can­di­da­tos, o ex-pre­si­dente Lula. Para isso, vio­la­ram as leis bra­si­lei­ras, expro­pri­a­ram o horá­rio de pro­pa­ganda elei­to­ral para entre­gar ao seu esco­lhido o tempo que cabe legal­mente ao adver­sá­rio e, pior do que tudo, deram a si pró­prios pode­res de cen­sor que são abso­lu­ta­mente proi­bi­dos pela Cons­ti­tui­ção Fede­ral – a eles ou a qual­quer auto­ri­dade do Bra­sil. É o ata­que mais rui­noso à demo­cra­cia que o País já sofreu desde a pro­cla­ma­ção do AI-5, em 1968. Mais: a cen­sura que impu­se­ram à imprensa, e a todos os 215 milhões de cida­dãos bra­si­lei­ros, não tem pre­ce­den­tes, nem nos pio­res momen­tos da dita­dura, em maté­ria de bru­ta­li­dade, arro­gân­cia e estu­pi­dez.


O TSE, sem o mínimo fiapo de lei que lhe per­mita fazer isso, saiu de suas fun­ções legais como fis­cal das regras do horá­rio elei­to­ral e pas­sou a man­dar em tudo – agora dá ordens, 24 horas por dia e a res­peito de qual­quer assunto, à imprensa, aos jor­na­lis­tas e, no fim das con­tas, a qual­quer bra­si­leiro que queira abrir a boca para dizer alguma coisa con­tra Lula, nas redes soci­ais ou onde for. É proi­bido dizer, por exem­plo, que ele foi con­de­nado pela Jus­tiça por cor­rup­ção pas­siva e lava­gem de dinheiro – ou que nunca foi absol­vido de nada. Pior ainda, os minis­tros cri­a­ram a cen­sura pré­via – uma vio­la­ção ras­teira do prin­cí­pio segundo o qual só se pode punir um erro depois que ele foi come­tido. O resul­tado é que se che­gou neste fim de cam­pa­nha à segu­inte demên­cia: os jor­na­lis­tas estão proi­bi­dos de dizer o que ainda não dis­se­ram. É isso mesmo: “até o dia 31 de outu­bro”, há pro­fis­si­o­nais e órgãos de imprensa que não podem escre­ver ou falar. O TSE não está punindo uma “notí­cia falsa”, ou algum crime de calú­nia, de difa­ma­ção ou de injú­ria; ao supri­mir pre­vi­a­mente o direito de pala­vra, está punindo deli­tos que não foram pra­ti­ca­dos. Em que lugar da Cons­ti­tui­ção se per­mite uma coisa des­sas?

A dupla STF-TSE não está ferindo direi­tos de jor­na­lis­tas ou veí­cu­los; está eli­mi­nando o direito que a popu­la­ção tem de ser infor­mada. Nem se importa, aliás, em escon­der isso. Uma minis­tra decla­rou em voto aberto que qual­quer cen­sura é “inad­mis­sí­vel” – mas que, em cará­ter “excep­ci­o­nal”, ela estava se negando a cum­prir a lei. “Excep­ci­o­nal?” O que pode haver de excep­ci­o­nal, ou de peri­goso, numa elei­ção demo­crá­tica que, segundo os pró­prios STF e TSE, tem sis­te­mas de vota­ção e de apu­ra­ção per­fei­tos – a pos­si­bi­li­dade de que o adver­sá­rio ganhe? É isso que estão dizendo. •

O Estado de S. Paulo.

23 out. 2022

https://digital.estadao.com.br/article/281788517987324

Anônimo disse...

Quero que André vá tomar no cu da mãe dele