terça-feira, 16 de agosto de 2011

ATO DE 30 DE JULHO: POR UMA COPA DO POVO

No dia 30 de julho, durante o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, uma manifestação organizada pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas percorreu algumas ruas do Largo do Machado  até a Marina da Glória, onde acontecia o evento.
 
Participaram do ato vítimas das criminosas remoções de favelas e bairros pobres levadas a cabo pela prefeitura, sem-teto, além de professores da rede estadual em greve e vários outros setores dos movimentos sociais. Indignados com os impactos avassaladores dos megaeventos nas vidas dos trabalhadores, os manifestantes denunciaram a política fascista dos governos municipal, estadual e federal. 

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Estes governos formam um bloco político que expulsam moradores de suas casas, removendo-os para áreas periféricas distante de onde foram acostumados a viver e criar vínculos, e usam o dinheiro público advindo dos impostos, que o povo paga, para farras megalomaníacas sem um mínimo de controle social sobre em que e como se está gastando. 

Articulado a isso empresários do ramo imobiliário, elevam, de forma absurda, os preços das moradias, abocanhando o pouco ou quase nada das condições de vida e recursos que sobram para os trabalhadores nas cidades brasileiras.

 Para se ter uma ideia, este evento de um dia na Marina da Glória custou nada mais nada menos que 30 milhões de reais aos cofres públicos, ou seja, é o nosso dinheiro sendo roubado descaradamente para sustentar o luxo dessa corja, que nada mais são do que parasitas que enriquecem a custa do suor e sangue de trabalhadores explorados que se vêm obrigados a vender suas forças de trabalho para sobreviverem, em troca de certa quantidade de dinheiro (equivalente permutável corrente) suficiente apenas para contemplar algumas poucas necessidades, por vezes, quase nenhuma ou nenhuma. 

 Vale lembrar que o mesmo evento custou cerca de 3 milhões na África do Sul, em 2007. Fica a pergunta, porque aqui no Rio o evento custou 10 vezes mais do que na África do Sul? 

 Enquanto isso professores, trabalhadores da saúde, da cultura, bombeiros e outros diversos setores são submetidos aos seus baixos salários que os deixam em situação de pobreza. O que dizer desses lacaios que deixam o povo  na sarjeta e enchem os bolsos dos empresários exploradores do trabalho alheio? Que valores morais são esses que deixam professores, trabalhadores da saúde, trabalhadores em geral nessa situação enquanto desviam o dinheiro para suas máfias sedentas de capital?

Oportunista, utilizam o futebol, e outros esportes, com grande apego da massa de trabalhadores, para ludibriá-los, enganando milhões de pessoas que têm no futebol, e em outros esportes, uma das poucas opções de lazer. E ainda dizem que o esporte é um importante setor de inclusão social, porém, não falam que por trás dos glamurosos atletas advindos das classes mais pobres existem uma imensa maioria de milhões de crianças, adolescentes e adultos que nunca chegarão a este glamour, por uma questão óbvia: não tem vaga dentro do capitalismo para todos terem boas condições de vida, existe muito mais pessoas querendo trabalhar do que emprego, e a história nos mostra que o capitalismo sempre foi assim.

Nessa conjuntura, aconteceu o ato, que vitorioso, chegou ao local do evento, com cerca de mil manifestantes que bloquearam a Avenida Infante Don Henrique, mesmo com o forte aparato policial mobilizado para reprimir possíveis protestos. Com o caminho em direção a Marina da Glória bloqueado pela polícia, os setores mais combativos do movimento permaneceram não recuaram e ganhando terreno, ocuparam a rua.

E só saíram depois da chegada que alguma autoridade se propôs a fazer uma rápida audiência pública. Demonstrando indiferença, um representante do Ministério dos Justiça, da Secretaria de Grandes Eventos, foi ao local e ouviu as reivindicações dos grupos que estavam protestando. Com isso, o ato chegou ao fim, mas não a luta de milhares de pessoas que estão, todos os dias, tendo suas vidas arruinadas em prol da Copa.

Seria crime lutar pelos seus direitos? Seria crime escrever sua história coletiva? Ou os verdadeiros criminosos andam soltos por aí, camuflados na institucionalidade, e em suas aparências esteticamente infladas por fetiches e futilidades, representadas por suas vestimentas, ornamentações, malas pretas, carros e mansões luxuosas que são apropriadas à custa do sofrimento do povo expropriado da produção de seu trabalho?

Enquanto isso as TVs, Rádios, Jornais e Revistas burguesas produzem uma avalanche de propaganda prendendo a  atenção de uma massa de telespectadores adormecidos em um pesadelo que confundem com sonho. Para a mídia a receita é clara e objetiva: o povo se emociona e se hipnotiza, pensa naquilo como uma miragem, uma imagem que atrai, distrai e destrói seus valores éticos - políticos e morais.

Por isso defendemos uma Copa do Mundo e uma Olimpíada 100% Pública e Estatal do, do povo, para o povo e com o povo. Para que isso aconteça é preciso derrubar esse sistema privatista podre que insiste que o que é público não presta. 

 Se utilizam de um subterfúgio maquiavélico: "um serviço Público precário e sem qualidade para atender a população abre ótimas possibilidades e 'pseudo justificativas' de investimentos da iniciativa privada”. E esta realidade serve, perante o imaginário social, como motivação para um discurso equivocado de que a solução para melhorar o atendimento às necessidades de um povo é privatizar. 

Assim, se reproduz a equivocada ideia de que o Estado deve ser reduzido, pois, nessa lógica, supostamente, seus serviços operam com lentidão e pouca qualidade. 

Então, vamos lá: é fato irrefutável de que, via de regra, o funcionalismo público, no Brasil, está em condições de baixa qualidade. Agora, perguntemos: está nessas condições pela falta de vontade e qualificação de seus servidores, ou está assim pelo sucateamento histórico há que é estrategicamente submetido pelos governos que sucessivamente defendem os interesses da iniciativa privada em detrimento dos serviços públicos?

Vamos todos rumo à copa do povo! Que seja realmente nossa!

           




Participaram do ato vítimas das criminosas remoções de favelas e bairrosNo dia 30 de julho, durante o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, uma manifestação organizada pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas percorreu algumas ruas do Largo do Machado  até a Marina da Glória, onde acontecia o pobres levadas a cabo pela prefeitura, sem-teto, além de professores da rede estadual em greve e vários outros setores dos movimentos sociais. Indignados com os impactos avassaladores dos megaeventos nas vidas dos trabalhadores, os manifestantes denunciaram a política fascista dos governos municipal, estadual e federal. 

Estes governos formam um bloco político que expulsam moradores de suas casas, removendo-os para áreas periféricas distante de onde foram acostumados a viver e criar vínculos, e usam o dinheiro público advindo dos impostos, que o povo paga, para farras megalomaníacas sem um mínimo de controle social sobre em que e como se está gastando. 

Articulado a isso empresários do ramo imobiliário, elevam, de forma absurda, os preços das moradias, abocanhando o pouco ou quase nada das condições de vida e recursos que sobram para os trabalhadores nas cidades brasileiras.

 Para se ter uma ideia, este evento de um dia na Marina da Glória custou nada mais nada menos que 30 milhões de reais aos cofres públicos, ou seja, é o nosso dinheiro sendo roubado descaradamente para sustentar o luxo dessa corja, que nada mais são do que parasitas que enriquecem a custa do suor e sangue de trabalhadores explorados que se vêm obrigados a vender suas forças de trabalho para sobreviverem, em troca de certa quantidade de dinheiro (equivalente permutável corrente) suficiente apenas para contemplar algumas poucas necessidades, por vezes, quase nenhuma ou nenhuma. 

 Vale lembrar que o mesmo evento custou cerca de 3 milhões na África do Sul, em 2007. Fica a pergunta, porque aqui no Rio o evento custou 10 vezes mais do que na África do Sul? 

 Enquanto isso professores, trabalhadores da saúde, da cultura, bombeiros e outros diversos setores são submetidos aos seus baixos salários que os deixam em situação de pobreza. O que dizer desses lacaios que deixam o povo  na sarjeta e enchem os bolsos dos empresários exploradores do trabalho alheio? Que valores morais são esses que deixam professores, trabalhadores da saúde, trabalhadores em geral nessa situação enquanto desviam o dinheiro para suas máfias sedentas de capital?

Oportunista, utilizam o futebol, e outros esportes, com grande apego da massa de trabalhadores, para ludibriá-los, enganando milhões de pessoas que têm no futebol, e em outros esportes, uma das poucas opções de lazer. E ainda dizem que o esporte é um importante setor de inclusão social, porém, não falam que por trás dos glamurosos atletas advindos das classes mais pobres existem uma imensa maioria de milhões de crianças, adolescentes e adultos que nunca chegarão a este glamour, por uma questão óbvia: não tem vaga dentro do capitalismo para todos terem boas condições de vida, existe muito mais pessoas querendo trabalhar do que emprego, e a história nos mostra que o capitalismo sempre foi assim.

Nessa conjuntura, aconteceu o ato, que vitorioso, chegou ao local do evento, com cerca de mil manifestantes que bloquearam a Avenida Infante Don Henrique, mesmo com o forte aparato policial mobilizado para reprimir possíveis protestos. Com o caminho em direção a Marina da Glória bloqueado pela polícia, os setores mais combativos do movimento permaneceram não recuaram e ganhando terreno, ocuparam a rua.

E só saíram depois da chegada que alguma autoridade se propôs a fazer uma rápida audiência pública. Demonstrando indiferença, um representante do Ministério dos Justiça, da Secretaria de Grandes Eventos, foi ao local e ouviu as reivindicações dos grupos que estavam protestando. Com isso, o ato chegou ao fim, mas não a luta de milhares de pessoas que estão, todos os dias, tendo suas vidas arruinadas em prol da Copa.

Seria crime lutar pelos seus direitos? Seria crime escrever sua história coletiva? Ou os verdadeiros criminosos andam soltos por aí, camuflados na institucionalidade, e em suas aparências esteticamente infladas por fetiches e futilidades, representadas por suas vestimentas, ornamentações, malas pretas, carros e mansões luxuosas que são apropriadas à custa do sofrimento do povo expropriado da produção de seu trabalho?

Enquanto isso as TVs, Rádios, Jornais e Revistas burguesas produzem uma avalanche de propaganda prendendo a  atenção de uma massa de telespectadores adormecidos em um pesadelo que confundem com sonho. Para a mídia a receita é clara e objetiva: o povo se emociona e se hipnotiza, pensa naquilo como uma miragem, uma imagem que atrai, distrai e destrói seus valores éticos - políticos e morais.

Por isso defendemos uma Copa do Mundo e uma Olimpíada 100% Pública e Estatal do, do povo, para o povo e com o povo. Para que isso aconteça é preciso derrubar esse sistema privatista podre que insiste que o que é público não presta. 

 Se utilizam de um subterfúgio maquiavélico: "um serviço Público precário e sem qualidade para atender a população abre ótimas possibilidades e 'pseudo justificativas' de investimentos da iniciativa privada”. E esta realidade serve, perante o imaginário social, como motivação para um discurso equivocado de que a solução para melhorar o atendimento às necessidades de um povo é privatizar. 

Assim, se reproduz a equivocada ideia de que o Estado deve ser reduzido, pois, nessa lógica, supostamente, seus serviços operam com lentidão e pouca qualidade. 

Então, vamos lá: é fato irrefutável de que, via de regra, o funcionalismo público, no Brasil, está em condições de baixa qualidade. Agora, perguntemos: está nessas condições pela falta de vontade e qualificação de seus servidores, ou está assim pelo sucateamento histórico há que é estrategicamente submetido pelos governos que sucessivamente defendem os interesses da iniciativa privada em detrimento dos serviços públicos?

Vamos todos rumo à copa do povo! Que seja realmente nossa!