No dia
30 de julho, durante o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo, no Rio de
Janeiro, uma manifestação organizada pelo Comitê Popular da Copa e
Olimpíadas percorreu algumas ruas do Largo do
Machado até a Marina da Glória, onde acontecia o evento.
Participaram
do ato vítimas das criminosas remoções de favelas e bairros pobres levadas a
cabo pela prefeitura, sem-teto, além de professores da rede estadual em greve e
vários outros setores dos movimentos sociais. Indignados com os impactos
avassaladores dos megaeventos nas vidas dos trabalhadores, os manifestantes
denunciaram a política fascista dos governos municipal, estadual e federal.
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Estes
governos formam um bloco político que expulsam moradores de suas casas,
removendo-os para áreas periféricas distante de onde foram acostumados a viver
e criar vínculos, e usam o dinheiro público advindo dos impostos, que o povo
paga, para farras megalomaníacas sem um mínimo de controle social sobre em que
e como se está gastando.
Articulado
a isso empresários do ramo imobiliário, elevam, de forma absurda, os preços das
moradias, abocanhando o pouco ou quase nada das condições de vida e recursos
que sobram para os trabalhadores nas cidades brasileiras.
Para
se ter uma ideia, este evento de um dia na Marina da Glória custou nada mais
nada menos que 30 milhões de reais aos cofres públicos, ou seja, é o nosso
dinheiro sendo roubado descaradamente para sustentar o luxo dessa corja, que
nada mais são do que parasitas que enriquecem a custa do suor e sangue de
trabalhadores explorados que se vêm obrigados a vender suas forças de trabalho
para sobreviverem, em troca de certa quantidade de dinheiro (equivalente
permutável corrente) suficiente apenas para contemplar algumas poucas
necessidades, por vezes, quase nenhuma ou nenhuma.
Vale lembrar que o mesmo evento custou cerca
de 3 milhões na África do Sul, em 2007. Fica a pergunta, porque aqui no Rio o
evento custou 10 vezes mais do que na África do Sul?
Enquanto
isso professores, trabalhadores da saúde, da cultura, bombeiros e outros
diversos setores são submetidos aos seus baixos salários que os deixam em
situação de pobreza. O que dizer desses lacaios que deixam o povo na sarjeta
e enchem os bolsos dos empresários exploradores do trabalho alheio? Que valores
morais são esses que deixam professores, trabalhadores da saúde, trabalhadores
em geral nessa situação enquanto desviam o dinheiro para suas máfias sedentas
de capital?
Oportunista,
utilizam o futebol, e outros esportes, com grande apego da massa de
trabalhadores, para ludibriá-los, enganando milhões de pessoas que têm no
futebol, e em outros esportes, uma das poucas opções de lazer. E ainda dizem
que o esporte é um importante setor de inclusão social, porém, não falam que
por trás dos glamurosos atletas advindos das classes mais pobres existem uma
imensa maioria de milhões de crianças, adolescentes e adultos que nunca
chegarão a este glamour, por uma questão óbvia: não tem vaga dentro do
capitalismo para todos terem boas condições de vida, existe muito mais pessoas
querendo trabalhar do que emprego, e a história nos mostra que o capitalismo
sempre foi assim.
Nessa
conjuntura, aconteceu o ato, que vitorioso, chegou ao local do evento, com
cerca de mil manifestantes que bloquearam a Avenida Infante Don Henrique, mesmo
com o forte aparato policial mobilizado para reprimir possíveis protestos. Com
o caminho em direção a Marina da Glória bloqueado pela polícia, os setores mais
combativos do movimento permaneceram não recuaram e ganhando terreno, ocuparam
a rua.
E só
saíram depois da chegada que alguma autoridade se propôs a fazer uma rápida
audiência pública. Demonstrando indiferença, um representante do Ministério dos
Justiça, da Secretaria de Grandes Eventos, foi ao local e ouviu as reivindicações
dos grupos que estavam protestando. Com isso, o ato chegou ao fim, mas não a
luta de milhares de pessoas que estão, todos os dias, tendo suas vidas
arruinadas em prol da Copa.
Seria
crime lutar pelos seus direitos? Seria crime escrever sua história coletiva? Ou
os verdadeiros criminosos andam soltos por aí, camuflados na
institucionalidade, e em suas aparências esteticamente infladas por fetiches e
futilidades, representadas por suas vestimentas, ornamentações, malas pretas,
carros e mansões luxuosas que são apropriadas à custa do sofrimento do povo
expropriado da produção de seu trabalho?
Enquanto isso as TVs, Rádios,
Jornais e Revistas burguesas produzem uma avalanche de propaganda prendendo a
atenção de uma massa de telespectadores adormecidos em um pesadelo que
confundem com sonho. Para a mídia a receita é clara e objetiva: o povo se
emociona e se hipnotiza, pensa naquilo como uma miragem, uma imagem que atrai,
distrai e destrói seus valores éticos - políticos e morais.
Por
isso defendemos uma Copa do Mundo e uma Olimpíada 100% Pública e Estatal do, do
povo, para o povo e com o povo. Para que isso aconteça é preciso derrubar esse
sistema privatista podre que insiste que o que é público não presta.
Se utilizam de um subterfúgio maquiavélico:
"um serviço Público precário e sem qualidade para atender a população abre
ótimas possibilidades e 'pseudo justificativas' de investimentos da iniciativa
privada”. E esta realidade serve, perante o imaginário social, como motivação
para um discurso equivocado de que a solução para melhorar o atendimento às
necessidades de um povo é privatizar.
Assim,
se reproduz a equivocada ideia de que o Estado deve ser reduzido, pois, nessa
lógica, supostamente, seus serviços operam com lentidão e pouca
qualidade.
Então,
vamos lá: é fato irrefutável de que, via de regra, o funcionalismo
público, no Brasil, está em condições de baixa qualidade. Agora, perguntemos:
está nessas condições pela falta de vontade e qualificação de seus servidores,
ou está assim pelo sucateamento histórico há que é estrategicamente submetido
pelos governos que sucessivamente defendem os interesses da iniciativa privada
em detrimento dos serviços públicos?
Vamos todos rumo à copa do povo! Que seja realmente nossa!
Participaram
do ato vítimas das criminosas remoções de favelas e bairrosNo dia
30 de julho, durante o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo, no Rio de
Janeiro, uma manifestação organizada pelo Comitê Popular da Copa e
Olimpíadas percorreu algumas ruas do Largo do
Machado até a Marina da Glória, onde acontecia o pobres levadas a
cabo pela prefeitura, sem-teto, além de professores da rede estadual em greve e
vários outros setores dos movimentos sociais. Indignados com os impactos
avassaladores dos megaeventos nas vidas dos trabalhadores, os manifestantes
denunciaram a política fascista dos governos municipal, estadual e federal.
Estes
governos formam um bloco político que expulsam moradores de suas casas,
removendo-os para áreas periféricas distante de onde foram acostumados a viver
e criar vínculos, e usam o dinheiro público advindo dos impostos, que o povo
paga, para farras megalomaníacas sem um mínimo de controle social sobre em que
e como se está gastando.
Articulado
a isso empresários do ramo imobiliário, elevam, de forma absurda, os preços das
moradias, abocanhando o pouco ou quase nada das condições de vida e recursos
que sobram para os trabalhadores nas cidades brasileiras.
Para
se ter uma ideia, este evento de um dia na Marina da Glória custou nada mais
nada menos que 30 milhões de reais aos cofres públicos, ou seja, é o nosso
dinheiro sendo roubado descaradamente para sustentar o luxo dessa corja, que
nada mais são do que parasitas que enriquecem a custa do suor e sangue de
trabalhadores explorados que se vêm obrigados a vender suas forças de trabalho
para sobreviverem, em troca de certa quantidade de dinheiro (equivalente
permutável corrente) suficiente apenas para contemplar algumas poucas
necessidades, por vezes, quase nenhuma ou nenhuma.
Vale lembrar que o mesmo evento custou cerca
de 3 milhões na África do Sul, em 2007. Fica a pergunta, porque aqui no Rio o
evento custou 10 vezes mais do que na África do Sul?
Enquanto
isso professores, trabalhadores da saúde, da cultura, bombeiros e outros
diversos setores são submetidos aos seus baixos salários que os deixam em
situação de pobreza. O que dizer desses lacaios que deixam o povo na sarjeta
e enchem os bolsos dos empresários exploradores do trabalho alheio? Que valores
morais são esses que deixam professores, trabalhadores da saúde, trabalhadores
em geral nessa situação enquanto desviam o dinheiro para suas máfias sedentas
de capital?
Oportunista,
utilizam o futebol, e outros esportes, com grande apego da massa de
trabalhadores, para ludibriá-los, enganando milhões de pessoas que têm no
futebol, e em outros esportes, uma das poucas opções de lazer. E ainda dizem
que o esporte é um importante setor de inclusão social, porém, não falam que
por trás dos glamurosos atletas advindos das classes mais pobres existem uma
imensa maioria de milhões de crianças, adolescentes e adultos que nunca
chegarão a este glamour, por uma questão óbvia: não tem vaga dentro do
capitalismo para todos terem boas condições de vida, existe muito mais pessoas
querendo trabalhar do que emprego, e a história nos mostra que o capitalismo
sempre foi assim.
Nessa
conjuntura, aconteceu o ato, que vitorioso, chegou ao local do evento, com
cerca de mil manifestantes que bloquearam a Avenida Infante Don Henrique, mesmo
com o forte aparato policial mobilizado para reprimir possíveis protestos. Com
o caminho em direção a Marina da Glória bloqueado pela polícia, os setores mais
combativos do movimento permaneceram não recuaram e ganhando terreno, ocuparam
a rua.
E só
saíram depois da chegada que alguma autoridade se propôs a fazer uma rápida
audiência pública. Demonstrando indiferença, um representante do Ministério dos
Justiça, da Secretaria de Grandes Eventos, foi ao local e ouviu as reivindicações
dos grupos que estavam protestando. Com isso, o ato chegou ao fim, mas não a
luta de milhares de pessoas que estão, todos os dias, tendo suas vidas
arruinadas em prol da Copa.
Seria
crime lutar pelos seus direitos? Seria crime escrever sua história coletiva? Ou
os verdadeiros criminosos andam soltos por aí, camuflados na
institucionalidade, e em suas aparências esteticamente infladas por fetiches e
futilidades, representadas por suas vestimentas, ornamentações, malas pretas,
carros e mansões luxuosas que são apropriadas à custa do sofrimento do povo
expropriado da produção de seu trabalho?
Enquanto isso as TVs, Rádios,
Jornais e Revistas burguesas produzem uma avalanche de propaganda prendendo a
atenção de uma massa de telespectadores adormecidos em um pesadelo que
confundem com sonho. Para a mídia a receita é clara e objetiva: o povo se
emociona e se hipnotiza, pensa naquilo como uma miragem, uma imagem que atrai,
distrai e destrói seus valores éticos - políticos e morais.
Por
isso defendemos uma Copa do Mundo e uma Olimpíada 100% Pública e Estatal do, do
povo, para o povo e com o povo. Para que isso aconteça é preciso derrubar esse
sistema privatista podre que insiste que o que é público não presta.
Se utilizam de um subterfúgio maquiavélico:
"um serviço Público precário e sem qualidade para atender a população abre
ótimas possibilidades e 'pseudo justificativas' de investimentos da iniciativa
privada”. E esta realidade serve, perante o imaginário social, como motivação
para um discurso equivocado de que a solução para melhorar o atendimento às
necessidades de um povo é privatizar.
Assim,
se reproduz a equivocada ideia de que o Estado deve ser reduzido, pois, nessa
lógica, supostamente, seus serviços operam com lentidão e pouca
qualidade.
Então,
vamos lá: é fato irrefutável de que, via de regra, o funcionalismo
público, no Brasil, está em condições de baixa qualidade. Agora, perguntemos:
está nessas condições pela falta de vontade e qualificação de seus servidores,
ou está assim pelo sucateamento histórico há que é estrategicamente submetido
pelos governos que sucessivamente defendem os interesses da iniciativa privada
em detrimento dos serviços públicos?
Vamos todos rumo à copa do povo! Que seja realmente nossa!