São degradantes e aviltantes as condições carcerárias de Jair Seixas
Rodrigues, flagrante violação dos Direitos Humanos, e da Convenção de Genebra,
da qual o Brasil é subscritor.
Encontra-se o preso político, bode expiatório difamado como “Maconhão”
pela polícia e alguns meios de comunicação, em uma solitária sem banho de sol,
sem luz, comendo comida gelada, sem recebimento de noticias, jornal, livros,
revistas ou visitas, sem acesso a rádio ou TV. Quando transferido para o Fórum
dia 1° de novembro, para prestar depoimento, foi algemado em posição não
convencional, misturado a presos comuns de facções diferentes. Houve pancadaria
entre os detentos obviamente, e em seguida a polícia arremessou aleatoriamente
muito gás de pimenta para dentro do veículo. Parece que a intenção era joga-lo
na cova dos leões para ver se conseguiam sua eliminação. Resultado, saiu
completamente machucado deste comboio macabro.
Quanto ás acusações que pesam sobre ele parece que a única verdadeira é o
fato de ele ser negro. Como confundi-lo com “Black Bloc” se nunca andou
mascarado? Onde está a quadrilha que dizem fazer parte? Será que a quadrilha a que
se referem é a FIST, que luta legitimamente para que as pessoas tenham o
sagrado direito de ter uma moradia? Por falar no movimento, proibiram-no de
usar a camisa da Frente no presídio em que se encontra, Bangu 9. A inepta peça de acusação
diz que ainda não foi possível identificar quem jogou coquetel “molotov” no
carro da PM. Ora se não foi possível identificar o autor por que manter o
Baiano preso?
Em suma esta é a criminalização da FIST, que após processos contra o
advogado André de Paula, Arthur, Cérebro e Sete-Boias, culmina com a prisão de
Jair, pois o sistema não tolera movimento que seja contra as remoções e
despejos e que lute contra a entrega da soberania do país, maculada com os
criminosos leilões do petróleo.
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