André de Paula
A Lava-Jato peca por fazer
Justiça unilateralmente. Até agora não prendeu nenhum tucano, embora estes
tenham feito barbaridades como a quebra do monopólio do petróleo por FHC que
ainda “doou” a Vale do Rio Doce, entre outras falcatruas, a entrega do nióbio
(minério necessário à produção para a indústria aeronáutica, só encontrado no
estado de Minas) pelo ex-governador, o playboy Aécio Neves, governador Alkmin
do escândalo das merendas e o ex-governador, também de Minas, Eduardo Azeredo (envolvido
no mensalão tucano de desvio de recursos públicos), isso sem falar em Temer,
Sarney, Jucá, Renan e Pezão, todos do PMDB.
Além disso, aprisionou, sem
provas concretas, sem acusações objetivas, o herói brasileiro Almirante Othon
Pinheiro da Silva. Othon coordenou a equipe de técnicos do IPEN (Instituto de
Pesquisa e Estudos Nucleares) e da Marinha que conseguiu desenvolver o processo
de enriquecimento de urânio. Dependendo do grau de enriquecimento, o produto
final deste processo pode servir para
gerar eletricidade, impulsionar um submarino ou, até, para confecção de uma
bomba que pode servir para a nossa defesa.
Apenas seis países do mundo
possuem essa tecnologia o que mostra o seu grau de dificuldade. Não é
recomendável, para quem não tem esta tecnologia, ter centrais nucleares, pois o
serviço de enriquecimento é monopolizado. Além disso, o urânio enriquecido para
o uso na propulsão de um submarino de outro país não será fornecido, devido às
restrições para fornecimento de material bélico.
O Brasil possui a quinta maior
reserva de urânio do mundo, que seria comercializada a preço baixo, se a
tecnologia não tivesse sido desenvolvida. Além disso, o Brasil pode ter
centrais nucleares e o submarino de propulsão nuclear, que é o mais eficiente equipamento
bélico para defesa do nosso valioso mar costeiro. A equipe do almirante, mesmo
com dificuldade na aquisição de bens controlados e recursos escassos, conseguiu
a tecnologia, o que eleva a nossa autoestima.
A Lava-Jato, a despeito de ter
colocado ratazanas na prisão, condenou injustamente o almirante Othon a 43 anos de prisão. Esta
condenação e ações que atingiram a
Petrobrás e a engenharia nacional conseguiram o abalo da reputação de um herói
nacional de estatura comparável a outros almirantes, João Cândido e Cândido
Aragão, perseguidos na Revolta da Chibata , de 1910, e pelo Golpe
empresarial-militar de 1964.
A destruição de patrimônios
nacionais, a diminuição de verbas para a defesa nacional, a fragilização da
nossa capacidade de dissuasão de forças estrangeiras, a entrega de nosso rico
subsolo marinho às petrolíferas estrangeiras,
a entrega do nióbio, fatalmente, reduziram o brio de nosso povo.
Othon nunca cedeu e jamais revelou o segredo fundamental para a defesa da pátria.
É preciso reverter esta condenação infame.
André de Paula é advogado da
Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST) e membro da Anistia Internacional.
Contatos:
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fist17@gmail.com
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(21) 9606-7119
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