André de Paula
O
Brasil virou Colômbia. As instituições estão absolutamente desmoralizadas.
Executivo dirigido por um golpista corrupto, com o mais baixo índice de
aprovação de todos os tempos, subordinado às Forças Armadas que dão declarações
pregando a volta da Ditadura Militar e realizando uma intervenção no Rio de
Janeiro, nos bairros pobres, como teste para aplicar no Brasil, já que a
violência se encontra generalizada. As Forças Armadas em nada se posicionaram
na entrega do nosso Petróleo, de mão beijada, da nossa água, das florestas, do
nióbio, enfim, de nossa soberania. O General Villas Bôas, Comandante do
Exército, inclusive, cometeu crime em flagrante ao pregar a intervenção
militar, caso Lula não fosse preso, uma vez que militar da ativa não pode
externar posição política, já que isso contraria o Código Militar e se constitui
afronta à Constituição brasileira. Passou ele por cima da autoridade do
Presidente da República ao qual deveria estar subordinado e, por isso, devia ter
sido preso.
Pretende,
ainda, o Executivo, caso consiga mudar sua imagem, aprovar a Reforma da
Previdência que será, na verdade, a volta, definitiva, à escravidão moderna. O
Poder Judiciário, absolutamente, desmoralizado, cheio de mordomias, decidindo
de acordo com os interesses da Casa Grande e da Casa Branca, sem nenhum
controle externo, e tendo um Legislativo, absolutamente controlado pelo
Capital, tornando nossas eleições uma das farsas mais grotescas do mundo.
Na
verdade, o país é controlado, em grande parte, pelo tráfico de drogas, milícia,
polícia corrupta. Lamentavelmente, há um impressionante número de lideranças
populares eliminadas demonstrando que os assassinatos da
vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, não é um caso
isolado. São trinta as lideranças assassinadas no Brasil em curto espaço de
tempo, entre 16/02/2016 até hoje, podemos mencionar:
Sávio
de Oliveira, 25/03/2018, membro da União da Juventude Socialista de Maricá – RJ;
Matheus
Bittencourt, 25/03/2018, membro da União da Juventude Socialista de Maricá –
RJ;
Marco
Jhonata, 25/03/2018, membro da União da Juventude Socialista de Maricá – RJ;
Matheus
Baraúna, 25/03/2018, membro da União da Juventude Socialista de Maricá – RJ;
Patrick
da Silva Diniz, 25/03/2018, membro da União da Juventude Socialista de Maricá –
RJ;
Paulo
Sérgio Almeida Nascimento, 13/03/2018 – Líder comunitário no Pará ;
Márcio
Oliveira Matos, 26/01/2018 – Líder do MST na Bahia ;
Leandro
Altenir Ribeiro Ribas, 19/01/2018 – Líder Comunitário no RS ;
Jefferson
Marcelo, 04/01/2018, Líder comunitário no RJ ;
Carlos
Antônio dos Santos, 08/02/2018 – Líder movimento agrário em Mato Grosso ;
José
Raimundo da Mota de Souza Júnior 13/07/2017 – Líder quilombola/MST na Bahia;
Eraldo
Lima Costa e Silva, 20/06/2017 – Líder MST no Recife – assassinado
George
de Andrade Lima Rodrigues, 23/02/2018 – Líder comunitário no Recife ;
Luís
César Santiago da Silva, 15/04/2017 – Líder sindical no Ceará ;
José
Bernardo da Silva, 27/04/2016 – Líder do MST em Pernambuco ;
Paulo
Sérgio Santos, 08/07/2014 – Líder quilombola na Bahia ;
Rosenildo
Pereira de Almeida (Negão), 08/07/2017 – Líder comunitário/MST ;
Jair
Cleber dos Santos, 24/09/2017 – Líder movimento agrário no Pará ;
Simeão
Vilhalva Cristiano Navarro, 01/09/2015 – Líder indígena no Mato Grosso ;
Fabio
Gabriel Pacifico dos Santos, 19/09/2017 – Líder quilombola na Bahia ;
Valdenir
Juventino Izidoro, (lobo), 04/06/2017 – Líder camponês em Rondônia ;
Almir
Silva dos Santos, 08/07/2016 – Líder comunitário no Maranhão ;
José
Conceição Pereira, 14/04/2016 – Líder comunitário no Maranhão ;
Waldomiro
costa Pereira, 20/03/2017 – Líder MST no Pará ;
Valdemir
Resplandes, 09/01/2018 – Líder MST no Pará ;
Clodoaldo
dos Santos, 15/12/2017 – Coordenador SOS Emprego em Sergipe ;
João
Natalício Xukuru-Kariri, 19/10/2016 – Líder indígena em Alagoas ;
Edmilson
Alves da Silva, 16/02/2016 – Líder comunitário em Alagoas ;
Somente
nos três primeiros meses do ano de 2018,
cento e cinquenta pessoas no Estado do Rio de Janeiro foram
assassinadas, entre elas, 28 policiais sob a motivação da guerra às drogas,
tendo a maioria entre 16 e vinte anos e sendo negros, pobres e favelados.
A
prisão política volta à tona com a criminosa condenação do Almirante Othon, a
mando dos Estados Unidos, por tentar construir um submarino atômico para a
nossa defesa e o encarceramento do padre Amaro de Anapu, no Pará, por lutar
pela defesa da Amazônia e a Reforma Agrária. Isso sem falar na ordem de
encarceramento do ex-presidente Lula antes de esgotados todos os recursos
jurídicos previstos o que viola frontalmente o ordenamento jurídico de nosso
país.
Para
mudar esta situação, temos que acabar com os privilégios das elites, a lavagem
de dinheiro e o tráfico de drogas feitos pelos grandes capitalistas. Urge uma
tomada das ruas, preparando uma Greve Geral para exigir uma constituinte além
dos partidos, com representantes dos movimentos populares e sindicais organizados
para a completa reforma de nossas instituições falidas.
André
de Paula é advogado da FIST-Frente Internacionalista dos Sem Teto e membro da
Anistia Internacional
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Telefone: (21) 996067119
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